
Para além desta fotografia da autoria da minha mana que também deve ter feito a decoração, hoje apenas vou deixar a quem eventualmente "me" visite, dois links para coisas que penso que vale mesmo a pena ler. Esta e Esta outra.








 Ao redor da aldeia (tabanka) o milho cresce e promete fartura para a família: Os homens que lavraram a terra, as mulheres que plantaram, regaram, mondaram, voltaram a regar e hão-de colher e transformar em alimento e, obviamente as crianças e os mais velhos, que conviveram e mutuamente se apoiaram, enquanto aquelas tarefas ocupavam os demais. Quem ficará com a melhor parte na partilha???
  Ao redor da aldeia (tabanka) o milho cresce e promete fartura para a família: Os homens que lavraram a terra, as mulheres que plantaram, regaram, mondaram, voltaram a regar e hão-de colher e transformar em alimento e, obviamente as crianças e os mais velhos, que conviveram e mutuamente se apoiaram, enquanto aquelas tarefas ocupavam os demais. Quem ficará com a melhor parte na partilha??? Saímos de mãos dadas, por fora do tempo e naquela dimensão do universo, em que sempre estás comigo. Caminhámos, leves e seguros na paisagem que um ainda longínquo amanhecer ilumina, silenciosos porque as palavras, aqui, não são necessárias. Comunicámos, em silêncio, sobre os temas de sempre: A beleza e os mistérios da vida, as pequenas realizações que vamos conseguindo e também, os grandes sonhos que sonhámos, não para nós, mas para o mundo depois de nós. Que continuam vivos, mesmo se às vezes parecem completamente inatingíveis: a vitória dos afectos, o triunfo da solidariedade e a marcha lenta da Humanidade no caminho da transcendência dos egos, até à completa compreensão do universo que somos em Universo. Vejo o teu sorriso iluminado e terno e sinto, como sempre, a tua tolerância para as imperfeições todas, a tua paciência para buscar um trilho, a tua força que me serve de suporte e a tua esperança inabalável em amanhãs diferentes, que me guia sempre... As nossas mãos entrelaçadas com força e o teu olhar profundo encontrando o meu. Instigas-me a não desistir. A viver também por ti e eu prometo-te que sim, que não desistirei... desde que possa continuar a encontrar-me, assim, contigo...
Saímos de mãos dadas, por fora do tempo e naquela dimensão do universo, em que sempre estás comigo. Caminhámos, leves e seguros na paisagem que um ainda longínquo amanhecer ilumina, silenciosos porque as palavras, aqui, não são necessárias. Comunicámos, em silêncio, sobre os temas de sempre: A beleza e os mistérios da vida, as pequenas realizações que vamos conseguindo e também, os grandes sonhos que sonhámos, não para nós, mas para o mundo depois de nós. Que continuam vivos, mesmo se às vezes parecem completamente inatingíveis: a vitória dos afectos, o triunfo da solidariedade e a marcha lenta da Humanidade no caminho da transcendência dos egos, até à completa compreensão do universo que somos em Universo. Vejo o teu sorriso iluminado e terno e sinto, como sempre, a tua tolerância para as imperfeições todas, a tua paciência para buscar um trilho, a tua força que me serve de suporte e a tua esperança inabalável em amanhãs diferentes, que me guia sempre... As nossas mãos entrelaçadas com força e o teu olhar profundo encontrando o meu. Instigas-me a não desistir. A viver também por ti e eu prometo-te que sim, que não desistirei... desde que possa continuar a encontrar-me, assim, contigo...António Gedeão
in "Movimento Perpétuo", 1956