domingo, 7 de setembro de 2008

O jeito que eu sei

Vinha no carro há pouco, ouvindo as notícias sobre as eleições em Angola. Não me interessa muito a opinião de Ana Gomes ou de qualquer outro observador (todos eles têm uma cor e um sentido determinado para a observação). As opiniões dos observadores, sejam elas quais forem, quase de certeza são irrelevantes para o que pensam e sobretudo para o que sentem e sofrem, as pessoas do povo Angolano. Na minha memória ecoam as palavras daquele sábio velho africano que, em vésperas de outras eleições, num outro país africano, me dizia: Sabe? O povo vota mesmo em quem já encheu os bolsos no governo. Assim, resta-nos a esperança de que, dos bolsos cheios, caia alguma coisa para satisfazer as necessidades de comida, educação, saúde e outras coisas que ao povo interessam. Votar noutros e esperar que eles encham os bolsos a ponto de de lá cair alguma coisa, é saber que teremos de esperar ainda mais tempo...

6 comentários:

mdsol disse...

Irra...que desesperança, que sentido da realidade mais desconsolado e desconsolador!
Terá que ser mesmo assim? Raio de natureza humana..capaz do melhor e do pior! Não me conformo com esta nossa humana condição tão desleixada do que eleva e preocupada com o que enche!

:)

cristal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Venho retrribuir a visita que fez ao meu blog e agradecer o comentário.
Concordo com o que escreve neste post e vou voltar com mais tempo para ler mais abaixo, porue este me abri o apetite!

cristal disse...

Coloco-me muitas vezes essa questão. E quero acreditar que a condição humana continua a elevar-se. Mas não pelos caminhos que até aqui se têm procurado. A elevação humana continua a fazer-se indiferente aos poderes e às riquezas... A mim preocupam-me mesmo muito a indiferença e a ganância a par com sofrimentos evitáveis e dores inexplicáveis. De resto, mesmo no meio da desesperança se encontram pessoas capazes de pensamentos elevados e de gestos solidários.

7 de Setembro de 2008 16:51

Duarte disse...

Não só na África, em todo o mundo! Ainda que seja mais marcado nesse continente, e mais ainda naqueles que já o viram na sua origem.
A esperança radica em que alguns políticos nos proporcionem outra imagem, com exemplos.

:)

Justine disse...

Que derrotismo! Parafraseando alguém que ambas conhecemos, balhamedeus, Cristal, há que ter uma perspectiva de futuro...