terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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Quem é?
- cristal
- A tentar saber desde que se deu conta que é. Procurando,contudo, não se levar demasiado a sério.
Impressão Digital
Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inutil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inutil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!
António Gedeão
in "Movimento Perpétuo", 1956
3 comentários:
Se há coisa que eu precise é que o tempo se esticasse.
Esquecer, não esqueço, mas já estav cansado de bater com o nariz na porta!
Na semana passada também andei pelo calorzinho, mas já stou outra vez no frio e daqui a ns dias estarei a enregelar pelo Norte da Europa. Depois, enfim, férias!
Ora viva, aí por terras "sabe":))
Sodade daí, sodade do tempo morno e longo, sodade de ti!!
Abracinho
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