sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Será que vou voltar? Se nem eu sei...
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Hoje não escrevo eu.
Avram Noam Chomsky
Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática
O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranqüilas")".
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto...
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
sábado, 3 de julho de 2010
Reflexão sobre saúde Comunitária
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Para lembrar...
Ai o bergalho do moço
Todo farsola, o pilão,
Pôs um nagalho ó pescoço
E lá foi p’ró S. João
Andou por lá na 'sterroa
Só à noite é qu’aparceu
Troixe um saco de rosquilhos
E nem siquer um me deu
Arreneguei-me co’ ele
Por ter sido assim lambão
Acertei-le c’um 'stadulho
Arrodilhou-se no chão
O mafarrico do moço
Assim, p’ra se desculpar
Dixe-me que 'stabo rijos
Muito ruins de rilhar
Ainda tinha um chesinho
E lá me deu a provar
Serviu-me d’apeguilho
Mesmo antes do jentar
Como à sede sou atreita
Sinti-me logo ‘sganada
Peguei num copo e bubi
Uma grande estarraçada
Fiquei logo agoniada
É qu’im bez d’auga, era binho
Comecei a estrebangar
Perdi os socos e o tino
Fiquei meia desadreita
Só queria enguedelhar
C’o meu Zé, que ó ber isto,
Começou-m’ arrumedar
Pinchei-lhe treda, p'ra cima
Fiz dele meu inxergão
Ele ficou adoudado
‘spetou comigo no chão
Juntaro-se as tanateiras
Q'ando oubiro o rebuliço
Nisto, num bi qu’o meu Zé
Tinha lubado sumiço
Fui d’reita para a cozinha
Q’eu sempre fui zabaneira
Incontrei-o ‘sterlicado
No buraco da pilheira
Atupi-o lá co’a cinza
Sentei-me no preguiceiro
E de lá o bi sair
Agarrado ó trefogueiro
Binha tão arrumelado
Que m’escagalhei co’ riso
Ele meio derreado
Inda subiu ó caniço
‘scanchado num canhoto
Os dentes esterrincou
Eu dei-le uma rodilha
E co’ela s' alimpou
Chegou o tredo do moço
Binha todo tesicado
Qu’as bedeiras le dixero
Qu’o pai se tinha ‘smoucado
Pegou-le às carrachoilas
Ajudou-o a ir p’ró chão
Já num s’inchergaba nada
Acendi o lampião
Pegaro ópois na caçoila,
A do arroz da bessada,
Comero-nos dois à farta
Num me deixaro já nada
Fui à talha, às azeitonas
À suã, à salgadeira
C’uma miola de pão
Eu lá matei a lazeira
Fui-me deitar, de catrambias
Inda do binho bubido
A cama 'staba desfeita
Alguém le tinha bulido
Num bi nenhum e, tropêça
Fui ber ó quarto fundeiro
Lá stabo eles c’os chabelhos
Metidos no trabesseiro
A noite foi pequerricha
P’r áquilo qu’eu precisaba
Dormi mal porque sonhei
Qu’um jerico me sobaba
Ergui-me de madrugada
E os porcos fui apajar
Um fugiu-me prá leira
Tibe que o ir aqueibar
S’ele fosse p’ró ribeiro
Eu num podia azangar
‘scorregaba com’ó códo
Inda m’ia ‘scabrear
Mas lá o troixe p’lo quelho
E na loja o enfiei
Descalcei as minhas chancas
E o babeiro tirei
Fui a correr para casa
Zorata inda, do serão,
E p’rós três, na sertã grande,
Fiz obos c’um salpicão
Já tinha farto o bandulho
Q’ ando os dois aparcero
Pusero-se a britar nozes
E foi só o que comero
Despois foro p’ró canastro
P’ra debulhar uns feijões
E eu lá fiquei sozinha
A pensar c’os meus betões
Olhei ó redor da casa
Inda zoeira, da piela
Barri o cisco às caleiras
Ópois tratei da barrela
Agarrei-me ó ingaço
Fui p’ró campo, p’ró cabouco
‘inda chamei o meu Zé
Mas ele fez qu’era mouco
‘staba agarrado ó mongal
Só a fazer que malhaba
O moço ‘staba co’ ele
E num queria mais nada
Passei na minha comadre
P’rá rogar, para a cegada
Dixe-me que num podia
Qu’ andaba meia enjorcada
Ópois pôs-se a preguntar
Em que pé tinha ficado
Aquela ‘stória do binho
E se o Zé tinha adoudado
Homesêssa! O qu' é isto?
Com bruxedos eu num posso
São cousas cá entre mim
E o meu Zé e o meu moço
Fiquei muito arrenegada
Saí de lá a cismar
E co’as tripas embrulhadas
Sem me poder ajoanar
Fui jonguer a nossa junta
E pu-la ó carro ó despois
Sentei-me numa das chedas
E fui chamar p’los meus dois
A modos, falei co' eles
Amostrei-me arrependida
Olharo um para o oitro
Inda c’oa tromba trocida
Atão o meu Zé pegou
Acertou-me c’um chamiço
E dixe: Pronto, mulher
Num bamos mais falar disso.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
O "DIÇONAIRO"
Pela minha parte, só espero que o fantasma do Dr. Rodrigo Fontinha não se zangue por lhe utilizar a capa do seu velhinho dicionário que me acompanha há mais de 40 anos, para que o "post" tenha alguma cor (ainda que seja a do luto).
À
Nova forma de escrever o verbo HAVER, sem o H. Poupa-se tinta e tempo.
Usa-se muito nos SMS, essa fórmula mágica de comunicar hoje em dia através dos telemóveis. Exemplo: "À muito tempo que não leio a Gramática. Por isso esqueci como se escrevem alguns verbos. Peço desculpa". Alguns, infelizmente, nem desculpa pedem...
Alevantar
O acto de levantar mas com mais convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.
Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'
Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.
Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.
Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Controlar a rotunda
Acto de andar às voltas na dita pra controlar e ver se está tudo bem! Antigamente dizia-se Contornar, mas passou de moda.
Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.
Então, é assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.
Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.
Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses. Os Êros estão cada vez más caros.
Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..
Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.
Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'
Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. "E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira". Também existe a variante 'Inclusivel'.
Mister
Está muito na moda. É o antigo TREINADOR, que passou de moda. Exemplo: "O Mister ralhou comigo e disse que eu tinha de correr mais depressa e fazer mais dribles. O Mister é que sabe!"
Mormurando
Bilhete enviado por escrito e obviamente 'baixinho'....Irmão de peito do MEMORANDO ou do outro MEMORANDUM do tempo dos Romanos
Mô
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?
Nha
Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.
Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!
Parteleira
Local ideal para guardar à parte os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Pleumonia
Doença que afecta o 'plumão'
Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um prontus'! Fica sempre bem.
Quáise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?
Trêuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro trêuze.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Felizes
Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e
estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés
espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da
cintura Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E
o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque
não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar
com respeito, Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado
na cruz que há no céu E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas pelas estradas Que vão em ranchos pela
estradas com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E
olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente, Sempre a escarrar no chão E
a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido" - "Ele diz, por exemplo, que os
seres cantam a sua glória, Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansados de dizer mal de Deus, O Menino Jesus adormece nos
meus braços e eu levo-o ao colo para casa.
VIII - Num Meio-Dia de Fim de Primavera
FERNANDO PESSOA